Entrevista com Olivia Cuartero-Briggs, autora da graphic novel “FATE: The Winx Saga - Dark Destiny”, sequência oficial da série da Netflix.
• Já conhecia a marca Winx antes de se tornar escritora da nova graphic novel? Você também conhecia a série da Netflix?
– Sim, eu conhecia o Winx Club e também sabia sobre a série Netflix, embora não a tivesse assistido antes de me oferecerem a oportunidade de escrever a sequência como um romance gráfico.
• Qual é o seu personagem favorito de Winx Club e FATE?
– Meu personagem favorito... é difícil. Não sei se tenho um único favorito, mas os personagens mais divertidos de escrever foram Aisha e Beatrix.
• Como surgiu a ideia de continuar a série, infelizmente excluída pela Netflix, através da graphic novel?
– Não sei como surgiu a ideia de continuar a série na forma de um romance gráfico. Eu me envolvi com o projeto depois que isso foi decidido.
• Sabemos que a graphic novel começa exatamente onde a série parou: isso significa que um roteiro para a terceira série já estava pronto? Ou foi criado especificamente para o romance gráfico?
– Não faço ideia de quais eram as intenções dos criadores de TV para uma terceira temporada de Fate, e não recebi nada em termos de material escrito. Todos os enredos que você lerá nos próximos livros foram criados por mim e aprovados pelos editores da Maverick. Sendo eu próprio um escritor de TV, no entanto, posso dizer que os escritores de TV deixaram intencionalmente alguns fios soltos, então os reuni e criei minha própria história de acordo. Tenho a certeza que a minha história tem alguns pontos de cruzamento com o que os criadores do programa de TV pretendiam se houvesse uma terceira temporada, mas eu não estava a par de nenhuma dessas informações.
• Você tentou manter os mesmos temas sombrios da série? Ou é um produto de tom mais leve?
– Eu amei os tons escuros de Fate, e por isso sim, preservei a natureza sombria da história, com a leveza que vem da diversão dos diálogos adolescentes. E sim, tá rolando muito romance!
• Já sabemos quantos volumes serão feitos?
– Maverick começará com 2 volumes e, se correrem bem, tenho a certeza que continuaremos com a história. Dedos cruzados! Isto é muito divertido de escrever e acho que os fãs da série vão adorar o que fizemos.
• Vamos conhecer novos personagens ou a história vai focar-se naqueles que já conhecemos?
– O foco está definitivamente em personagens que você já conhece, mas também criei alguns novos. Se os livros continuarem, gostaria de incluir mais personagens do mundo de Winx Club que não entraram na série da Netflix!
• Qual tópico você mais gostou de escrever?
– Esta é uma pergunta difícil de responder sem revelar alguns pontos do enredo, mas há um importante tema de identidade que cruza estes dois volumes, e a trama explora o problema comum de encontrar o nosso verdadeiro eu e agarrar o nosso destino de uma forma realmente divertida do qual estou super orgulhosa!
• Obviamente esperamos que a graphic novel também seja distribuída aqui na Itália. Há alguma hipótese disto acontecer?
– Há DEFINITIVAMENTE a possibilidade de ser traduzido para outras línguas. Maverick e eu estamos a trabalhar diretamente com os nossos colegas da Rainbow, que ainda detém a propriedade, por isso tenho 90% de certeza que uma tradução italiana destes livros estará disponível. Se não, avisa-me e farei o possível para que isso aconteça.
Fonte: @winxforeveritalia
12 Comentários
A ideia da graphic novel me empolgava demais, mas agora preciso ser realista... Duvido que as publicações tenham continuidade para além desses dois volumes. Primeiro porque a maior parte dos fãs de Winx Club não compraram a ideia de Fate, que se distanciou demais do universo Winx original. Essa era a oportunidade de corrigir isso, mas não, decidiram apenas dar continuidade ao projeto inicial, que sofreu tantas críticas. Essa decisão por si só já não faz sentido nenhum para mim. Achei que era muito melhor ter rebootado tudo para as graphic novels. Levando tudo isso em consideração, não podemos contar 100% com o apoio da fan base de Winx para esse projeto (se é que podemos contar com algum apoio).
ResponderExcluirO segundo motivo é que demorou demais pra esse projeto ser divulgado. Fate foi cancelada há um tempão e só recentemente tivemos conhecimento de que ele existia, e só nessas últimas semanas tivemos detalhes do que estava sendo feito. É muito tempo! Sinto que a fan base de Fate, que já sofria por ser reduzida, esfriou muito nesse meio tempo. Vai precisar de muita divulgação pra chamar a atenção do pessoal de volta e duvido que esse projeto vá receber tanta atenção e budget assim para realizar ações de marketing realmente efetivas.
Tem um ponto em específico nessa entrevista que me desagradou bastante: o fato da autora não ter recebido nenhum material como base para escrever, tendo que contar apenas com a parte da história que já foi revelada na série. O Brian Young não tinha um manuscrito? Anotações? Como ele organizava esse universo e as histórias de background de cada personagem? Isso é básico pra qualquer autor poder escrever uma história coesa! Por que não deram nada disso para Olivia? Que negociação foi essa? Parece que a Netflix não ajudou em nada. Apenas cedeu os direitos da marca. E qual foi o papel da Rainbow nisso tudo?
Francamente, a Netflix não pode reclamar um “A” de Fate, porque ela própria tem muito da responsabilidade sobre todo esse flop. A série tinha tudo pra ser um sucesso, pelo menos o suficiente para sustentar as 3 temporadas previstas, mas parece que ela foi projetada para ser um fracasso. Foi deixada à própria sorte no meio do caminho. Pra que investir em um projeto que você não confia que dará resultados? Parece que a Netflix queria apenas colher os frutos eventuais que a série desse, e se por sorte emplacasse, eles transformariam num produto com alto investimento. Para mim, parece que as séries que costumam ganhar continuações são as de low budget (mesmo que não tão interessantes) e as que são um grande sucesso. Qualquer coisa fora dessas duas categorias dificilmente vai receber o mesmo apoio da empresa. Na minha opinião, foi um desperdício do uso da marca Winx Club, de recursos financeiros e do talento dos atores e profissionais envolvidos na produção.
Mas enfim, como eu curtia Fate, estarei aqui e torço pra que, mesmo nessas condições, o produto final seja pelo menos satisfatório.
Penso exatamente como você. Inicialmente a ideia me empolgou porque achei que iriam reiniciar a história. Era a oportunidade perfeita pra termos uma versão de Fate mais próxima do cânone, que com certeza agradaria mais o fandom Winx. E com o apoio do fandom, a continuidade das graphic novels era muito mais provável. Não vejo o fandom de Fate tendo essa força por si só, ainda mais tanto tempo depois do cancelamento da série.
ExcluirA decisão de continuar uma série tão criticada através de uma graphic novel também não fez sentido para mim. Se era só pra dar um desfecho aos fãs, teria sido melhor investir em um terceiro livro. O trabalho seria mais simples e o lançamento muito mais rápido.
Achei muito estranho a autora não ter recebido nenhum material como base e ter carta branca para escrever o que quiser. Tanto que nem sei se acredito totalmente nisso. Talvez ela tenha se expressado mal e quis salientar apenas que não recebeu material nem foi informada sobre os planos oficiais que existiam para a S3.
O Brian tinha seus planos para a S3, mas ele não tinha a obrigação de repassá-los a ninguém. Talvez se o cancelamento tivesse sido mais ameno, sem mágoas e indiretas do Iginio, ele pudesse estar envolvido nesse projeto de alguma forma ou apenas estar disponível para uma conversa informal com a autora. Mas isso pode não ser tão ruim. Nunca gostei da visão dele para Fate.
A Netflix cedeu os direitos. Ela não tem que se envolver mais do que isso em projetos literários. Mas o papel do Iginio e da Rainbow me preocupam. A Olivia dá a entender que ela só tem que se reportar à maverick, mas espero que não seja bem assim. A editora tem que se reportar à Rainbow de alguma forma. Não acredito que o Iginio abriria mão novamente de direcionar e/ou supervisionar a história de Fate.
Pra mim o principal culpado pelo fracasso de Fate é o Brian. A visão dele pra série afastou muitos fãs das Winx e não conseguiu atrair seu público alvo, os fãs de fantasia adolescente. Ele tinha que agradar o fandom Winx primeiro e a partir daí conquistar outros públicos. Mas ele criou algo genérico para conquistar todos e não conquistou quase ninguém. Erro estratégico.
Mas concordo que a Netflix tem parte da responsabilidade pelo fracasso. Ela investiu o mínimo possível no projeto. Mas tenho que reconhecer que foi o momento. Num passado recente, bastava uma série ter um grande número de visualizações para ser renovada. Mas com a concorrência de outros streaming tudo ficou mais complicado. Agora as séries tem que ter um baixo orçamento ou serem um enorme sucesso para serem renovadas.
Foi uma grande oportunidade desperdiçada. Acho que dificilmente teremos novamente um live action das Winx para jovens adultos.
Fate nunca conseguiu me conquistar, mas espero que as graphic novels sejam bem sucedidas e que esses dois volumes satisfaçam os fãs. Vamos torcer!
Oi sumida!! Já tava ficando preocupado. Espero que esteja tudo bem.
ResponderExcluirAchei estranho ela dizer que vai criar sua própria história. A Rainbow devia ter dado um enredo pra ela seguir. Assim corremos o risco da história voltar a ficar distante do desenho.
Não entendi o que ela quis dizer sobre novos personagens. Ela disse criou alguns mas ao mesmo tempo diz que se tiver mais histórias ela vai acrescentar os de Winx Club que ficaram de fora da série. Então Ficamos sem saber se já veremos tecna e Brandon agora ou não.
Oi! Está tudo bem. Só fiquei ausente porque estamos sem novidades.
ExcluirTambém pensei nisso. Ela não devia ter total autonomia para criar sua história. O Brian teve e vimos no que deu. Mas talvez não seja bem assim. Ela não recebeu os planos do Brian para a S3, mas deve ter recebido algum material da Rainbow para ter uma direção, para saber aonde tem que chegar. Acho que o Iginio não cometeria o mesmo erro duas vezes.
Ela pretende acrescentar personagens de Winx Club que ficaram de fora se a história continuar. Logo, Tecna e outros ausentes não devem ser introduzidos agora. Esses dois volumes devem apenas finalizar os enredos que ficaram em aberto. E são tantos personagens e enredos para desenvolver, que sinto que dois volumes não serão suficientes para fazer jus a todos. Então novos personagens só os indispensáveis para a trama já iniciada se desenvolver.
Só 2 volumes garantidos? Pouco para finalizar todas as pontas soltas. Acho que fate continua correndo um grande risco de ficar sem final. Só cruzando os dedos mesmo...
ResponderExcluirA tradução para italiano é certa. E para português? Tomara que a rainbow não esqueça de nós.
Muito pouco! Mas com certeza vão dar um desfecho. Não cometeriam o mesmo erro 2x. Acho... rs
ExcluirO problema é que com apenas dois volumes alguns enredos não devem ser desenvolvidos da forma que merecem. Já me pergunto quais serão privilegiados e quais serão prejudicados...
Tomara! Espero que a Ciranda Cultural se interesse em publicar a nossa versão. Isso agilizaria o processo.
Então pelo visto oque a autora vai fazer não é o mesmo que iriam na S3, interessante.
ResponderExcluirPelo visto ela tem expectativa de continuar por muitos livros ainda, porém não acho que que fará sucesso o suficiente pra continuar. Winx tem alguma maldição onde nunca passa de duas temporadas(Pop Pixie, Wow e Fate) então me pergunto se essa historia vai passar de 2 volumes.
Pode ser interessante. Ainda mais para quem não gostava da visão do Brian. O problema é que tudo indicava que a S3 iria finalmente se aproximar do cânone. Agora isso é uma incógnita. A autora pode se apegar mais aos enredos originais de Fate e continuar se afastando do cânone.
ExcluirOs spin-offs parecem ter mesmo uma maldição... rs
Também sinto que os volumes não farão sucesso suficiente pra continuar, mas espero que estejamos enganados. Não entendo porque a Rainbow não escolheu uma editora italiana para criar as graphic novels. A continuação seria muito mais garantida, já que elas teriam um mercado estável com um público muito fiel. No EUA elas não tem nada disso.
É meio triste como Fate "terminou" desse jeito. Infelizmente, a visão do Brian em relação a Fate sempre foi muito distante do original, o que afastou demais os fãs, assim como eu. Eu acho que o tom de terror e mais sério nunca foi exatamente o problema(pelo menos, pra mim), e sim como as personagens foram introduzidas e desenvolvidas ao longo da série. Se tivessem feito Bloom e Stella melhores amigas, trazido a Flora e a Tecna já na primeira temporada(pelo menos uma das duas como secundárias, para que na segunda temporada uma delas sendo oficializadas no grupo), Terra também como uma personagem secundária para que ela eventualmente entrasse para o grupo, mais cenas de magia na primeira temporada, introduzido o Brandon, uma Beatrix mais "vilanesca", a Musa com poderes relacionados ao som(Não precisava necessariamente ser fada da música, podia ser fada da Sinfonia, Melodia ou Som, já que "música" ficaria realmente em um tom infantil). Se tivessem feito pelo menos isso, acho que os fãs teriam passado mais pano pra série sem se importar com o rumo que a história estaria indo.
ResponderExcluirOlhando para o número de horas assistidas, a primeira temporada teve 60.970.000 e a segunda 26.400.000, o que fica evidentemente claro que todos deram um voto de confiança na série e, como ficaram decepcionados, não voltaram para assistir a segunda temporada, o que mostra que o estrago já estava feito. Na época eu não lembro se eles chamaram o Iginio ou se nem sequer o chamaram, poderia me esclarecer essa dúvida?
OU Fate poderia ter sido uma grande oportunidade de explorar outro grupo de fadas, assim a série poderia realmente ter feito mais sucesso, mas como tem o nome "Winx" no título, o pessoal esperava ver a maior parte dos personagens do original na série, e não é bem assim. É como diz, se você não quer que comparem sua obra com a anterior, é melhor criar algo totalmente do zero e com outros personagens.
Nossas últimas esperanças vai para o reboot de Winx.
Muito distante! Ainda não entendo como o Brian pensou que esse era o caminho certo para uma adaptação. Sua principal missão era conquistar o fandom Winx para depois expandir o público.
ExcluirO tom sombrio e sério também nunca me incomodou. Muito pelo contrário. Acho que esse era o tom certo. Pra mim o problema principal foi o enredo inicial escolhido. Além de ser muito distante da obra original, era bem ruim. A introdução e desenvolvimento dos personagens foi o segundo problema. Concordo que se tivessem acertado nisso, teríamos passado pano para todas as falhas do enredo.
Concordo com suas observações sobre os personagens. Mas de todos os erros na criação deles, o da Terra foi o que mais impactou a série. Ela não devia existir. O Brian devia ter assumido a Flora que criou e fim. Mas se ele concordou que os fãs a rejeitariam, era melhor ter alterado algumas características dela ao invés de ter feito dela uma outra personagem. Isso desencadeou uma série de problemas. Tivemos que engolir uma nova Winx antes de duas originais, ganhamos uma Flora atrasada com poucas características da original, não ganhamos a Tecna, Musa perdeu seu enredo com Riven e Flora...
Chamaram pra quê? Para participar da 2ª temporada ou para conversar sobre o cancelamento? Acredito que nenhuma das duas coisas.
No início acreditávamos que o Iginio estava envolvido na adaptação, mas após a estreia da série percebemos que não. Ele deu uma entrevista dizendo que avisou que os fãs rejeitariam a Flora/Terra e criticariam o whitewashing e os figurinos. Ele também deixou claro que não ficou satisfeito com a ausência da Tecna. Logo, ele não tinha nenhum poder de decisão ou veto. Ele não criou o enredo nem os personagens. Ele cedeu os direitos e torceu para que tudo desse certo. Acho que ele acreditou que seria consultado sobre tudo que fosse relevante, mas não foi assim. Nem quando se conversou sobre o cancelamento entraram em contato com ele. Esse foi um grande erro. Acho que ele poderia ter salvo a série. A Rainbow podia ter coproduzido a 3ª temporada (ou um desfecho com 2 episódios), reduzindo assim os custos da Netflix. Mas infelizmente ele não foi consultado.
Concordo. Se não queriam uma proximidade com a obra original, deviam ter criado uma série genérica sobre fadas. Mas queriam o nome e o fandom Winx, sem nos dar um enredo próximo nem a maioria dos personagens originais. Deu no que deu...
Isso é inevitável. Mas temos que ter em mente que o reboot é um projeto para crianças. Fate era para adolescentes e jovens adultos. Penso que nunca mais teremos um live action das Winx para esse público. Que desperdício...
Apesar de dois volumes ser pouco, pode ser suficiente pra fechar alguns enredos abertos no final da segunda temporada. Só dá tempo de focar no q já foi apresentado e não inventar nada novo.
ResponderExcluirEssa parte dela não ter recebido nada do roteiro e ter criado a história me surpreendeu. Mas deu a entender q toda a história q ela criou tinha q ser previamente aprovada pela editora q provavelmente pedia aprovação da rainbow.
A vdd é q acho q já não tinha muito como salvar fate a essa altura do campeonato. Querendo ou não nunca será como winx. Mas a esperança é a última que morre né, quem sabe se depois dos dois volumes continuem de uma forma melhorada. Minhas esperanças estão mesmo é no reboot e nas graphic novels da rainbow.
Exatamente! Deve ser suficiente para finalizar os enredos que ficaram em aberto ao final da segunda temporada. Mas sinto que só alguns serão bem desenvolvidos.
ExcluirTambém acho que o roteiro teve que ser aprovado pela Rainbow. Não acredito que a empresa abriria mão novamente de ter algum controle sobre o destino de Fate.
Penso que Fate só poderia ser salva antes do cancelamento. Depois, só séries com boas críticas são resgatadas.
Vou torcer para que continue, especialmente se os dois volumes se aproximarem do cânone.