Elas vão comemorar 18 anos na sexta, o aniversário de sua estreia no Rai em 28 de janeiro de 2004, mas a maioridade não as mudou. Fiel aos valores que as tornaram bem-sucedidas - amizade, coragem, positividade e muito brilho - as fadas Winx são hoje um fenômeno global em 150 países, com oito séries e quatro filmes para TV, três filmes para cinema, dois spin-off de uma série animada e duas temporadas de live-action para a Netflix.
Iginio Straffi, 56 anos, da região de Marche, fundador e CEO da produtora Rainbow, está hoje à frente de uma equipe de artistas e animadores a serviço de Bloom e suas amigas: «Entre comics e live action empregamos 250 pessoas. O valor de mercado? Várias centenas de milhões."
- Straffi, como as Winx nasceram?
“Percebi, vinte anos antes dos outros, que as heroínas femininas haviam desaparecido completamente do cenário de produtos infantis. Então decidi trabalhar em uma história que havia escrito algum tempo antes, sobre um grupo de fadas e seus rivais.”
- Quando você as "viu" pela primeira vez no papel?
“Demorou algum tempo. Partimos de uma ideia de estilo que foi a base sobre a qual construímos as primeiras animações e o episódio piloto. Mas então, meses depois, olhei para o que tínhamos feito e não gostei. Nesse momento partimos. Tivemos que refazer tudo para obter um produto que durasse no tempo.”
- Você esperava que durasse tanto?
«Winx foi o primeiro projeto que deveria durar pelo menos alguns anos. Imediatamente escrevi três temporadas e um longa-metragem. Na minha cabeça eles tinham um ciclo de vida de pelo menos seis anos: desde que um produto se torne um clássico, leva pelo menos dez. Hoje, em alguns países, o sucesso superou as expectativas. Em outros podemos fazer melhor. Nos países da ex-URSS, Rússia, Bielorrússia e Ucrânia na liderança, o sucesso das Winx é comparável ao que elas têm na Itália. Mas também estamos indo muito bem em um país islâmico como a Turquia. Embora eu tivesse gostado de mais sucesso nos Estados Unidos."
- Como as Winx mudaram em 18 anos?
«As primeiras temporadas tinham um público-alvo entre 8 e 12 anos. Com o tempo, a crescente oferta de live-action atraiu os maiores de 10 anos, relegando os desenhos animados para os mais novos e obrigando-os a se adaptarem a um público-alvo de 4-9 anos. Mas na nova temporada que estamos preparando, voltaremos ao público-alvo original”.
- E como as meninas mudaram desde então?
«Uma das razões do sucesso das Winx foi o fato das meninas se refletirem através de heroínas independentes e emancipadas. Hoje elas têm novas heroínas para ficar de olho, mas temos uma vantagem: somos uma marca reconhecida.”
- Meio ambiente, inclusão, orientação sexual: como as Winx estão se saindo nas questões da Geração Z?
“Aqui também antecipamos os tempos, incluindo muito cedo no grupo algumas fadas não caucasianas. Sempre prestamos muita atenção às questões ambientais e globais. Mas não há muito o que fazer sobre a sexualidade. Em alguns países, excluímos cenas em que Bloom e Sky se beijam, para não falar do resto. No desenho, tudo deve ser muito inocente, sem referências sexuais. Enquanto na série Live Action podemos fazer mais."
- No entanto, "Fate: The Winx Saga" foi acusado de "branqueamento" (uma prática em que um caucasiano interpreta o papel de um personagem de outra etnia).
“Pedimos que os grupos étnicos originais do desenho fossem respeitados. Em alguns casos, a Netflix fez escolhas diferentes. Mas foi uma polêmica que nasceu e terminou imediatamente, que dizia respeito apenas a um personagem. Percebo que hoje há uma sensibilidade exagerada a essas questões e espero que o equilíbrio seja encontrado em breve. Sempre acreditamos num mundo multiétnico e não acreditamos que um detalhe possa prejudicar o resultado».
- Qual é o futuro das Winx?
«A nova temporada da série animada "Winx Club" e a segunda do Live Action "Fate: The Winx Saga", na Netflix este ano. Em cinco anos sonho com um longa-metragem em Live Action, o primeiro de uma série. No elenco eu gostaria de boas atrizes, estritamente não famosas. E uma participação especial de um grande artista. Meu sonho? Que Helen Mirren seja a diretora das Winx».
Fonte: ilmessaggero.it
Ninguém obrigou a Rainbow a fazer essa "adaptação" no público-alvo. A empresa é que não soube se adaptar bem ao mercado e à concorrência. Preferiu reduzir o público-alvo ao invés de aumentar a qualidade para enfrentar uma maior concorrência em um mercado que se expandia.
Estou muito feliz com o retorno ao público-alvo original, mas se a mudança de formato for confirmada (eps de 13 min), isso pode não ser suficiente para melhorar o desenho.
Um filme Live Action das Winx sempre foi o sonho do Iginio, mas agora ele está sonhando alto demais. Quer que o filme seja o primeiro de uma série e que a Helen Mirren interprete a Faragonda. É como se diz, sonhar não custa nada... rs
Obs. Segundo o texto, o que estreia esse ano é a segunda temporada de Fate e não a nova de Winx Club.
14 Comentários
Fico bastante feliz com o retorno ao público-alvo, acho que é uma grande oportunidade de começar do zero de uma forma melhor, mas assim como você mesma disse ainda é um pouco preocupante o fato do desenho ter um formato completamente novo (esse de episódios de 13 minutos.) Só espero que eles saibam o que estão fazendo, pois ter 52 episódios pelo menos para mim deveria ser o suficiente para fazer uma história que seja ao menos decente e de qualidade melhor que as últimas 4 temporadas de Winx (5-8 temporadas) não acho que a duração de 13 minutos possa ser um problema em si e sim a própria execução, que por enquanto é o que mais me preocupa no momento. Mais é completamente compreensível a preocupação de você e também de várias outras pessoas, principalmente se pararmos para pensar no rumo que o desenho tomou desde a 5 temporada, pois esse formato do mesmo jeito que têm tudo para dar certo, têm tudo para dar errado já que estamos falando sobre a Rainbow. Não sei nem o que pensar sobre a possibilidade de acabarmos tendo uma temporada que mesmo tendo uma quantidade de 52 episódios ainda assim pode acabar sendo um fracasso.
ResponderExcluirAté mesmo acho que manter os 52 episódios e ter uma duração longa (de talvez 20 a 30 minutos) daria um alívio no coração dos fãs e também seria algo que poderia ajudar bastante em relação a história, assim haveria tempo o suficiente para desenvolver os acontecimentos da temporada e os personagens, é uma pena pois sei que não será assim. Não estou esperando que a história tenha o mesmo nível que as 4 primeiras temporadas, mas se o tom de maturidade for pelo menos semelhante a World of Winx ou talvez melhor eu ficarei satisfeito. De qualquer forma o retorno ao público-alvo já é um grande alívio. A única coisa que nos resta é aguardar e esperar que tudo dê certo.
Exatamente. A duração de 13 minutos em si não é um problema, até porque a temporada continuará com a mesma duração de antes, mas episódios curtos indicam uma mudança no estilo da narrativa e isso obviamente é um grande problema.
ExcluirSe essa mudança no formato for confirmada, Winx Club não terá mais um enredo da temporada e sim episódios independentes que não se conectam. Pode até ser legal acompanhar algumas aventuras aleatórias das Winx, mas o que me conquistou em Winx Club foi seu enredo serializado.
Acho impossível termos 52 episódios de longa duração. Acredito que teremos 52 eps de 13 min como anunciado em 2020 ou continuaremos com os 26 eps de 24 min de sempre. Espero que seja a última opção, mas não estou muito confiante...
Infelizmente acho muito difícil termos um tom de maturidade parecido com o de World of Winx. Só conseguimos isso quando elas não são mais estudantes e estão longe de Alfea. E tudo indica que ambas as situações estarão presentes na 9ª temporada.
Concordo que o retorno ao público-alvo original gera um certo alívio, mas não garante uma melhora no enredo. De qualquer forma, esse é um indício de que um reboot pode mesmo acontecer. E um reboot é sempre uma ótima oportunidade para recomeçar uma franquia e aparar as arestas do original. Claro que isso não apaga o fato de não termos um desfecho digno para o Winx Club original, mas pelo menos pode salvar o futuro da franquia. Enfim, só nos resta torcer e aguardar.
Tb acho que não foi o mercado q obrigou o desenho a focar no público infantil. Na verdade soa incoerente se vc for ver: segundo ele, antes teoricamente não funcionaria um desenho para o público de 8 a 12 anos e por isso tiveram que adaptar para 4 a 9 anos. Mas porque agora seria diferente? O que mudou? O fato é q desenhos funcionam para públicos até mais velhos. A questão é saber trabalhar o produto.
ResponderExcluirA rainbow sempre promete mundos e fundos e quando cumpre nunca é do jeito que esperávamos, então não sei se levo a fala dele muito em conta. Na oitava temporada tb falaram q seria o retorno dos valores originais e no fim vimos um desenho bem mais infantilizado, com uma Bloom bem mais onipotente e sendo o centro das atenções do que nas primeiras temporadas. Dizer que a faixa etária do público-alvo vai voltar ao que era antes não significa que o enredo vai ser melhor. Ainda mais nessa pegada de episódios mais curtos.
Muito incoerente! Se adaptaram porque não funcionava mais, por que voltar atrás agora? Iginio e suas incoerências... rs
ExcluirVerdade. A Rainbow disse que a 8ª temporada seria um retorno aos valores originais, mas na prática só tivemos o retorno do Valtor e do Enchantix numa péssima homenagem a ambos. Então infelizmente não dá para levar muito em consideração o que ele ou a empresa afirma.
Exatamente! Animações funcionam para qualquer público. Tudo depende da forma como vão criar e desenvolver o enredo para o público escolhido. E afirmar que o público-alvo vai voltar ao que era antes não significa que o enredo vai melhorar. Infelizmente uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Já tô comemorando a volta ao público do início mas ainda acho 8 a 12 muito baixo. Tomara q tenha desestido de mudar pra ep curtos. com mesmo formato e público do começo o rebot pode mesmo dá certo.
ResponderExcluirNão gostei da repórter perguntando sobre orientação sexual. Claro q um desenho pra criança não pode mostrar isso.
Achei engraçado o corte de beijos. Deve ter acontecido nos países islâmicos. Tomara q os beijos voltem com o aumento do público.
Curioso q só o branqueamento da flora causou polêmica na produção de fate. Acho que não ligaram pro da musa pq sabiam q a maioria dos fãs não iriam se importar muito.
Também sonho com um filme assim mas a Helen mirren é demais. Menos iginio!! Menos... rsrs
Concordo. Com mesmo formato e público-alvo das primeiras temporadas o reboot pode dar certo.
ExcluirNão acho que os cortes de beijos e cenas afins tenham acontecido apenas em países islâmicos.
Tomara! Saudade dos beijos...
Achei estranho ele afirnar que o 'branqueamento' que causou polêmica dizia respeito apenas a um personagem, esquecendo completamente da Musa. E afirmar que a polêmica nasceu e terminou imediatamente é uma inverdade. Eles tentaram resolver a situação rapidamente, com a alteração do nome da personagem, mas os fãs e a crítica não engoliram essa. A polêmica durou até a estreia da série e muitos fãs da Flora só sossegaram quando a personagem foi escalada.
"Menos Iginio!" rs
Apostam quanto que essa história de se reinventar pro público é só balela pra disfarçar que só foram na onda da Nickelodeon e infatilizaram tudo e só foram perceber que o público que ainda sustenta a fandom são os mais velhos depois da Nick sair do jogo e do fiasco da 8° temporada. Fico triste dos produtores manterem essa mentalidade de representatividade em questão de gênero e sexualidade terem cunho sexual, ter homens fadas e mulheres especialistas no desenho já seria de bom tamanho (claro, sem forçar esteriótipos)
ResponderExcluirConcordo. Essa história de se reinventar é só uma saída honrosa para lidar com o fiasco da 8ª temporada. Era impossível continuar dali e não dava para voltar ao final da 7ª e ignorar a 8ª como muitos fãs sugeriram.
ExcluirCom certeza o acordo com a Nick foi um dos maiores responsáveis pela "adequação" do público alvo. O Iginio sempre quis ter sucesso no mercado americano, inclusive fala disso até hoje, e essa redução era fundamental para o acordo acontecer.
Realmente uma coisa não tem nada a ver com a outra. Penso que mesmo o Iginio tendo uma mentalidade antiquada, ele tem me decepcionado muito com suas falas sobre a Terra, acho possível termos homens fadas e mulheres especialistas no reboot. Claro que como figurantes das escolas, mas já seria um avanço.
Sailor Moon foi assim... Na quarta temporada, depois do auge em audiência, quiseram diminuir a idade do público-alvo em vez de continuar desenvolvendo ela pro público original. Mas deu terrivelmente errado. Tentaram voltar pro público antigo na quinta, mas Sailor Moon já não era um desenho que despertasse o interesse dos japoneses, a audiência caiu ainda mais. A quinta acabou sendo a última temporada. A fórmula de infantilização da Rainbow funcionou até a sétima temporada em termos de audiência, mas parece que isso não se sustentou na oitava (que até hoje não estreou em países como França e Alemanha) e eles vão tentar voltar às origens. Mas duvido muito que funcione. Talvez, a nona temporada seja o "Sailor Stars" das Winx rsrs
ResponderExcluirNão sabia disso. Assisti vários episódios de Sailor Moon, mas nunca temporadas inteiras e muito menos a série completa.
ExcluirSabemos que Winx Club foi inspirado em Sailor Moon. Só espero que não tenha o mesmo desfecho. rs
Acho que a fórmula de infantilização funcionou até a 7ª temporada porque a aparência delas não era infantil e os fãs sempre acreditavam que a qualquer momento elas começariam a agir de acordo com suas idades. A 8ª destruiu essa crença e fomos obrigados a encarar a realidade.
Também acho que essa volta às origens não vai funcionar, mas estou tentando não ser pessimista.
Só agora eu fui ler essa entrevista. O Iginio me passou uma vibe convencido ambicioso. Como se ele estivesse muito orgulhoso dos próprios erros, mas que ainda não está satisfeito, quer mais.
ResponderExcluirInteressante ele jogar o embranquecimento em Fate pra Netflix. Sorte dele que quem entrevistou não falou nada sobre isso na oitava temporada, queria ver ele justificar isso.
Um filme live-action pode rolar um dia (o japão faz o tempo todo kkk), se vai ser bom eu já não garanto, se vai ter a Helen Mirren tbm não kkkkk
Eu ainda tenho esperanças que possam salvar Winx, só a Rainbow botar um cropped e reagir
Concordo. O Iginio tem estado muito convencido nas entrevistas. É um orgulho que beira a arrogância. Mas em parte a culpa é dos fãs. Independente do que ele faz com as Winx, estamos sempre acompanhando. Reclamamos, mas nunca desistimos ou abandonamos. Então por pior que seja o conteúdo, sempre faz sucesso. E depois que ele comprovou isso com Fate, a soberba apareceu. Ele não consegue mais disfarçar.
ExcluirAcho muito feia a forma como ela joga a culpa de todas as falhas de Fate para a Netflix. Até acredito que seja verdade, mas raramente alguém faz isso nesse meio. Também me incomoda os termos que ele tem usado para abordar a escalação da Terra e o whitewashing. Nessa entrevista foi 'sensibilidade exagerada'. Fica parecendo alguém antiquado e preconceituoso.
Verdade. O filme até pode acontecer, mas se vai ser como ele espera é outra história... rs
Ele vem adiando esse filme há anos. Penso que ele acredita que só um blockbuster fará as Winx conquistarem finalmente o mercado americano, sua maior frustação e constante obsessão.
Um cropped e um bom enredo. ;)
Tenho fé que as Winx voltem a ter um bom enredo como na 1º a 4º temporada, mas como vai ter esses eps curtos é bem provável que seja mais infantil do que a 8º Temporada.
ResponderExcluirO problema das winx é que desde a 5 temporada o desenho perdeu a profundidade e a coerência com a história das temporadas anteriores. O enredo da 5º a 7º Temporada eram bem empolgantes pelo menos em teoria, mas quando lançou..... Até hoje fico sem entender a volta das Winx em Alphea a partir da 5º Temporada. Na sexta então a coisa piorou de vez, do nada me aparece várias escolas de magia sem nenhuma explicação, e ainda tudo acontecia muito rápido e na maioria das vezes sem nenhum tipo de profundidade, explicação e coerência. Até as winx perderam sua personalidade e destaque individual de cada uma.
As primeiras temporadas, por mais que tinha um publico alvo diferente, tinha conexão com as outras temporadas e uma profundidade bem maior. Eles fizeram um desenho tão bem elaborado nas primeiras temporadas, os fãs pedem tanto isso, bem que poderiam trazer essa essência de volta (Mas eles não querem escutar os fãs).
Seria maravilhoso as Winx com o gráfico da 7º temporada e uma historia bem elaborada e profunda como a das 4 primeiras. A 8º temporada vi apenas os primeiros eps, porém detestei e nem tive vontade de prosseguir, para mim aquilo ali já não é mais winx. Por mais que a 7 estava extremamente infantil, ainda dava para aguentar.
O jeito é aguardar as cenas do próximo capitulo, e torço muito que a história seja bem desenvolvida e com profundidade, mas tenho fé que um dia os produtores escutem os fãs e tragam novamente aquela empolgação de assistir o "Clube das Winx".
Concordo com cada palavra!
ExcluirTambém gostaria de ver as Winx com um gráfico compatível com suas idades (S7 ou WOW) e um enredo como o das 4 primeiras temporadas. Infelizmente a péssima 8ª temporada acabou com qualquer chance disso acontecer em Winx Club. Por isso sonho com um spin off de animação no futuro, pós encerramento de Fate, que continuasse o enredo das 4 primeiras temporadas. Adoraria finalmente ver as Winx como fadas guardiãs e membros da Companhia da Luz.
Enquanto isso, torço para a 9ª temporada recuperar a essência das Winx, mas tenho muito receio dessa mudança de formato. Um bom desenvolvimento de enredo e episódios curtos são incompatíveis.